Nampula na posição cimeira de casos de consumo de drogas

A província de Nampula tornou-se, nos últimos três anos, como sendo a região onde mais se consome droga e outros estupefacientes, facto que preocupa o governo e outras entidades, os quais apelam para a conjugação de esforços para se estancar este mal que afecta, maioritariamente, adolescentes em idade escolar.
 
O facto foi tornado público na última Quarta-feira, na cidade de Nampula, no decorrer duma mesa redonda organizada, conjuntamente, pela Universidade Rovuma (UniRovuma) e o Gabinete Provincial de Prevenção e Combate à Droga (GPPCD).
 
Falando na abertura do encontro, a Vice-reitora da UniRovuma, Prof. Catedrática Sarifa Fagilde, considerou que o debate em torno da questão de consumo de drogas por parte de jovens é de extrema importância, pois este mal vem apoquentando, com preocupação crescente, a sociedade moçambicana.
 
“O problema do narcotráfico e toxicodependência constitui um dos principais desafios do século, do país e, em particular, da nossa província, tida como um dos principais corredores de passagem de droga para outros cantos”, precisou a Prof. Fagilde.
 
Para a Vice-reitora da UniRovuma, para o combate deste mal, principalmente no seio da juventude, é imperioso o envolvimento de todos, sem excepção, uma vez que o mesmo põe em causa o futuro desta camada populacional.
 
Dados revelados no encontro indicam que em todo o mundo cerca de 300 milhões de pessoas, maioritariamente jovens, consomem drogas ou são delas dependentes, vitimando, anualmente, 265 mil vidas.
 
Por sua vez, a dra. Isabel Sanfins Alberto, directora do GPPCD, manifestou a sua preocupação pelo elevado índice que se verifica nos últimos três anos quanto aos usuários de drogas, considerando “ser tempo para juntos reflectirmos em torno do seu consumo e dos malefícios daí advindos”.
 
“É necessário que empreendamos acções conjuntas que nos tragam soluções para reduzir e/ou acabar com o consumo de estupefacientes nas escolas, em particular, e em toda sociedade, em geral”, exortou Isabel Sanfins.
 
No encontro, foram apresentados testemunhos tristes e desoladores de uma mãe, Emília João, cujo filho é dependente de drogas há alguns anos, e de Damião Silvestre, antigo usuário e agora reabilitado e que se apresenta como conselheiro daqueles que queiram abandonar esta prática nociva à saúde.

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