A Vice-reitora da Universidade Rovuma defendeu que um ensino de qualidade se alcança com um melhor apetrechamento de sectores chaves da instituição, designadamente, laboratórios, bibliotecas e as salas de aulas, estas últimas local principal de interacção entre o discente e docente no processo de ensino e aprendizagem.
A Prof. Catedrática Sarifa Fagilde falava num encontro com representantes do Instituto Confúcio, uma instituição pública chinesa virada a promoção da língua e cultura chinesa e que tem com a Universidade Rovuma um Acordo de Cooperação.
Essa parceria é caracterizada pela presença, na UniRovuma, de docentes de mandarim, a língua mais falada na China e nas regiões subjacentes, como Hong Kong, Macau e Taiwan, os dois primeiros territórios actualmente sob administração chinesa.
Para a Prof. Fagilde, o ensino de qualidade constitui uma das apostas da UniRovuma, mas para a sua materialização é necessário que se apetrechem os sectores supramencionados, um objectivo que poderá estar mais próximo de se atingir com o apoio dos parceiros de cooperação.
No âmbito das nossas parcerias, este foi o primeiro contacto formal que a UniRovuma manteve representantes do Instituto Confúcio neste ano, acreditando-se que foi uma visita frutífera a partir da qual se pode reativar os laços de parceria já existentes, segundo a Vice-reitora desta instituição de ensino superior.
De acordo com a estrutura orgânica existente, O Instituto Confúcio é constituído por dois diretores executivos, sendo um chinês, o Dr. Jichao Liu, e outro moçambicano, o Dr. Yassine Chicombe, ambos revestidos de iguais poderes de decisão.
Intervindo no encontro, Jichao Liu manifestou a sua inquietação pelo fraco efectivo de docentes para a língua chinesa e a escassez de obras do mandarim nas bibliotecas da UniRovuma como os actuais desafios do Confúcio.
Ele adiantou como proposta para minimizar essas duas questões a instalação de um escritório no Campus Universitário de Napipine, o qual facilitaria a execução de alguns processos pedagógicos e administrativos.
O representante chinês manifestou a sua satisfação pelo facto de este ano saírem da UniRovuma os primeiros finalistas de Licenciatura em Língua chinesa, depois da Universidade Eduardo Mondlane, que gradua pela quinta vez diplomados neste idioma.
Por seu turno, o Dr. Yassine Chicombe considerou que o Instituto Confúcio pretende aumentar o número de falantes do mandarim em Moçambique e conhecedores da literatura e cultura chinesas.
“É neste sentido que tanto a Universidade Rovuma quanto a Eduardo Mondlane se comprometem a formar falantes da língua chinesa como primeira projecção, por isso mesmo introduzimos as licenciaturas em Cultura e Literatura chinesa em Maputo (UEM) e em Nampula (UniRovuma)”, precisou Yassine Chicombe.
Do lado da UniRovuma estiveram presentes neste primeiro encontro formal entre as duas instituições, para além da Vice-reitora, a directora da Faculdade de Letras e Ciências Sociais, a Profa. Denisse Omar, o diretor-adjunto Pedagógico, Prof. Feliciano Pedro, e o diretor-adjunto para Pesquisa e Extensão, Prof. Felizardo Pedro.
Participaram, igualmente, na reunião o director do Gabinete de Comunicação e Cooperação, Prof. António Pereira, a diretora de curso de mandarim, a Mestre Sónia Cumbe, e a Mestre Alzira Giramo, do Gabinete de Comunicação e Cooperação.
O Instituto Confúcio fez-se representar pelo Dr. Yassine Chicombe, director executivo pela parte moçambicana, Dr. Jichao Liu, diretor executivo pela chinesa, a Dra. Zhou Lingmei e o Dr. Zhang Qichang, docentes, e o Dr. José Carlos Soto, membro do Corpo Técnico Administrativo.